A carbonatação da cerveja é um processo natural que acontece durante a produção da bebida, mas que também pode ser provocado por ações humanas. Carbonatar a cerveja vai oferecer alguns benefícios para o resultado da bebida, mas é preciso ter cuidado para evitar que, seu excesso, não cause efeito contrário ao desejado.
Neste artigo, você vai entender melhor o que é a carbonatação, como acontece e porque deve ser bem controlada. Acompanhe!
A carbonatação é responsável por conservar a qualidade da bebida e proporcionar uma quantidade específica de gás carbônico na cerveja – ou ainda, dióxido de carbono ou CO2. Parte desse gás já é formado na fermentação, por causa das leveduras que metabolizam os açúcares do mosto.
Porém, a cerveja só adquire seu perfil sensorial quando gera um volume adicional de CO2, antes do envasamento. O volume pode ser maior ou menor, vai depender do estilo da cerveja. Cada cerveja exige um nível de carbonatação. Quando esse nível é ultrapassado ou não é atingido, a bebida pode sumir ou até causar uma explosão na garrafa, devido à alta pressão.
A carbonatação é uma reação química, que acontece por causa da dissolução do dióxido de carbono (CO2) na água (H2O). Essa ação é responsável pelo borbulhamento do CO2 no líquido, que resulta no ácido carbônico (H2CO3) – uma substância que se decompõe e recupera o gás carbônico e a água.
A carbonatação é importante para manter o efeito organoléptico da bebida. Ou seja, proporcionar a percepção das características da bebida aos sentidos humanos, como cor, brilho, odor, sabor e textura. A reação química também desacelera a produção de bactérias nas bebidas.
A carbonatação influencia na formação das bolhas e da espuma presentes na cerveja. Isso quer dizer que é possível perceber os efeitos da carbonatação pela sensação de borbulhamento e picância na boca. Esse segundo fator é mais presente quando a cerveja é mais carbonatada.
Como falamos no início do conteúdo, a carbonatação é um processo natural, mas que também pode ser considerada como uma falha. Acontece que quando o processo não atinge o nível ideal para a formação de um determinado tipo de cerveja, a carbonatação pode prejudicar os aspectos sensoriais da bebida ou apresentar uma carbonatação exagerada, podendo causar uma explosão no recipiente.
O ideal é que o cervejeiro se informe sobre a carbonatação ideal para cada estilo de cerveja que pretende produzir. Dessa forma evitará que o resultado seja diferente do esperado. O volume de CO2 pode variar de acordo com o estilo da cerveja. Para entender melhor qual é o volume ideal para o estilo de cerveja que você vai produzir, acompanhe a orientação na tabela abaixo. Consideramos que um volume equivale a um litro de CO2, em um litro de cerveja e a temperatura é de 20°.
Ales inglesas 1, 4 a 1,9 volumes
Porters e Stouts 1,6 a 2,3 volumes
Ales belgas 1,8 a 2,8 volumes
Ales e Lagers americanas 2,2 a 2,7 volumes
Lambics e cervejas de trigo 3 a 5 volumes
A maioria das cervejas tem carbonatação média, com volume de CO2 entre 2,2 e 2,7.
Fonte: https://centralbrew.com.br/blog/carbonatacao-da-cerveja-entenda-melhor-sobre-esse-assunto/
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